segunda-feira, 2 de julho de 2012

Anatomia e Fisiologia do órgão da audição

De acordo com Viana (1996), a audição é um dos veículos primordiais da aquisição de informações, de alerta e de obtenção da linguagem no homem. Apresenta-se como fator de vital importância para sua segurança e integridade física e mental, pois como foi comprovado ao longo da existência humana, o homem se integra ao seu ambiente sonoro principalmente através da visão e da audição, que funcionam de maneira interligada e inter-relacionada.
Sob circunstâncias normais, a recepção da fala é bissensorial; significa que o ouvinte recebe energia radiante em conexão com movimentos articulatórios, associados à fala, expressões faciais, movimentos e posturas corporais. Estes dois receptores, como outros órgãos sensoriais, possuem dois mecanismos essenciais: um é responsável pela transformação física ou química; e o outro é responsável pela conversão dessa transformação no código de impulsos nervosos.
Desta maneira, a informação da linguagem numa situação face a face é gerada pela síntese dos códigos verbo-acústico e verbo-visual compostos pelos movimentos articulatórios, faciais, manuais e corporais.
Assim, em certas situações, são necessários funções compensatórias de um ou outro receptor da linguagem para que se faça a comunicação, pois o indivíduo surdo não fará esta aquisição apoiado somente na visão, ele necessitará de todos os outros órgãos sensoriais, pois na falta da audição cria-se uma interferência para o desenvolvimento da personalidade e a aquisição da linguagem no surdo.
O aparelho auditivo é constituído por três partes distintas, segundo o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES, 1997, p. 09):Orelha externa: cuja função é captar e conduzir as ondas sonoras até a orelha média.

Orelha externa:
Cuja função é captar e conduzir as ondas sonoras até a orelha média.

Orelha média:
Sua função principal é conduzir as ondas sonoras até a orelha interna.

Orelha interna:
Sua função principal é receber as ondas sonoras conduzidas pela orelha média e transformá-las em impulsos nervosos, enviando-as do córtex cerebral através do ramo coclear, que junto com o ramo vestibular, formam o VIII par craniano (nervo vestíbulo coclear).

Observemos a gravura que representa o aparelho auditivo:
A fisiologia da audição busca definir a trajetória do som no ouvido humano e seus mecanismos de decodificação. A surdez sugere a redução ou ausência da capacidade para ouvir determinados sons, devido a fatores que afetam as orelhas externa, média e/ou interna.
Segundo a visão do grupo de pesquisas do INES
Existem várias modalidades de perda auditiva:

Perda leve – escuta qualquer som, desde que ele esteja um pouco mais alto.

Perda moderada – numa conversação, pergunta muito "hem?", e ao telefone não escuta com clareza, trocando muitas vezes a palavra ouvida por outra foneticamente semelhante (pato/rato, réu/mel, cão/não).

Perda profunda – escuta apenas os sons graves que transmite vibração (helicóptero, avião, trovão).
 
Considerando-se que existem diversos métodos e técnicas de avaliação em crianças e que não existe "o melhor" método e sim o mais adequado, de acordo com a faixa etária, grau de maturidade, comprometimentos associados, podemos afirmar que dificilmente, um exame isolado poderá nos fornecer um diagnóstico completo.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário